23 junho, 2011

Eu cansei.

Olhei pra trás umas centenas de vezes, e cansei.
Cansei de tudo que fiz pra agradar, ou o contrário.
Cansei dessa hipocrisia do caralho.
Dessa gente que não ama, dessa gente desalmada.
Canso-me às vezes até da minha própria voz pela maioria das vezes que falo sozinho, isso realmente cansa. Fingir estar bem cansa, de mais.
Solidão pode sim ser companhia, é só saber domesticá-la. Difícil.
Chicoteio-me com minha própria dor, como diz a música:
"Cadê você que não me vê? Cadê você que eu não vejo?"
Não vou mais falar de amor, cansei!
Vou falar das transas intermináveis em motéis baratos.
Do verde que faz a cabeça.
Do branco que desperta.
Da vontade de te ter que é maior, do cansaço de estar sempre cansado.
Falar da minoria de uns filhos-da-puta que te deixam down.
Falar de tudo que estou cansado.
Talvez jogando tudo pra fora eu não me sinta mais assim.
Cansado.

R - Cansei.
X - Cansou de ... ?
R - De te procurar.
X - Não quer falar disso?
R - Já falamos de mais.
X - Talvez falamos de menos.
R - De menos foi você.
X - Hã? Não entendi.
R - O que quer fazer?
X - Conversar.
R - Pois, já conversamos.
X - Não do jeito que deve ser feito.
R - Fizemos do meu jeito, como disse cansei.
X - Você é quem sabe.
R - Não vê? Você cansa muito fácil.
X - Você é quem complica as coisas.
R – Assim é mais gostoso.

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