19 outubro, 2011

Vento sul.

A tua verdade já não desperta em mim tanto desejo,
O que me desperta agora é essa maldita redundância.
Perdido em caminhos desenhados por mim mesmo.
Frustração é clamar pela infância que acabou,
Infância boa, sem o coração na mão... Apenas arranhões.
Sem problemas de conflitos mentais... Apenas dúvidas.
As dúvidas não se foram, ainda tenho muitas.
Quase todas sobre ti.
Na verdade, tudo é sobre ti.
Se respiro é por ti, e se me falta o ar a culpa é tua.
Joguei no vento a vontade de encontrar no amor uma beleza pura,
Sabe aquela beleza que sempre se vai?
Joguei tudo no vendo, até as faltas que me faltavam.
A saudade que apertava, e a minoria das risadas.
Tomara que vente bastante ai,
Talvez tu consigas sentir o que não pôde ver.

13 outubro, 2011

S.

Aquele dia foi doce, você foi doce.
Durou tão pouco, uma noite.
Seu sorriso me faz rir, tua voz infantil.
Felicidade instantanêa ao te ver.
Seu tchau ? Só traz melancolia.
Agora está amargo, os dias e as noites.
O pensamento em você e no que durou pouco.
Preciso beijar a sua boca, provar novamente do teu mel.
Só mais uma vez.
Só mais uma noite.

04 setembro, 2011

Sinto dizer.

Sinto falta do mel da sua boca,
Da seiva bruta do amor mais puro que não tive.
Sinto falta da saudade, pois há tempos não a sinto.
Sinto dizer deixa pra lá, tenho caído constantemente.
Aceito o sentimento de bom grado.
De bom grado espero e não me canso. Frustração.
Por que mentes? Sinto-me mal.
Pois, já não sinto nada.
Faltam-me os dizeres? Não.
Falta-me quem os ouça.
Sinto dizer que espero você.
Quero chamar, mas não há um por que.
Então espero de bom grado.
Sinto dizer: Meu coração não pulsa.
Não há fluído, não há seiva, não há mel.

09 agosto, 2011

Eu e mais alguém.

Aglutinar os nossos corpos,
Até as curvas se cansarem,
Ver o suor em cada dobra, divino.
Dançar com sua língua sem música alguma,
E se perder no mudo refrão de um bolero.
Refrão sem letra, inútil, sem sentido.
Seus dizeres de prazer já me satisfazem.
Aglutinar nossas almas, nossos corações.
Rir na cara do perigo quando tudo terminar.
Se é que algo um dia começou.
Voltar pra casa e ter alguém a esperar
Aglutinar nossos corpos,
Até o ultimo e maior suspiro de prazer.
Pra depois em meus sonhos você me esfalecer,
Aglutinando nossos corpos.

08 agosto, 2011

Carta para alguém.


Eu sempre volto sem saber pra onde ir.
A chegada nunca é boa, sem muitas recepções, ninguém.
Mas, estou aqui esperando por você.
Será que você, onde quer que esteja se pergunta o mesmo ?
Não tem sido fácil viver assim, sem sentir nada, preciso de você.
Um abraço é pedir muito? Eu não entendo.
Você virá um dia pra tomar sorvete comigo?
Vai me sujar e depois dizer o quanto me ama?
Podemos até andar sob a mesma lua, mas, em atmosferas diferentes.
E eu ainda continuo esperando, e esperando.
Eu o desespero de sentir algo e ter alguém, meus pensamentos que já não vão bem,
E o estalo do cigarro queimando devagar.
Não posso mais chorar, pois como disse não sinto nada.
A não ser a angústia que é esperar por você.
Alguém anônimo que talvez nem exista.
Não sei se aguento muito tempo.

Com amor, para alguém esperado.

Evandro Ramos de Sant' Anna Junior.