09 maio, 2011

Entre o R e o I.

Ela mora na minha rua,
Mas, longe do número 63.
Ela passa às vezes e sorrir.
Eu paro e sofro um devaneio.
Ah... Que lindo devaneio.
Tempo sempre me sobrou, pra tudo.
Escrever, sonhar, sair pra me embriagar.
Mas, agora que eu preciso mesmo de tempo ele não me sobra.
Só pra dar um oi e poder sorrir com ela.
Eu chego do trabalho, ela podia estar dormindo, descansando.
Mas, mesmo estando cansada me espera.
Ninguém nunca, nunca fez isso,
Me esperar, coisa do tipo.
Ai a gente se fala, dez horas se tornam dez minutos.
Meus sonhos se completam, acho nela o meu mundo.
Ela é mais nova e diz que não se importa,
Eu fico com receio, tenho medo por ela.
E então sempre digo pra mim mesmo.
“Obrigado por fazer com que eu me sinta assim.”

R – Ah cheguei.
I – Dormi o dia inteiro pra não me sentir ansiosa.
R – Falou enquanto dormia?
I – Não sei, deixe-me perguntar a minha mãe.

03 maio, 2011

Pra onde foi?

A onde tudo foi parar? Tudo aquilo que eu vivi ou senti há alguns tempos atrás, pra onde foi? Eu realmente me pergunto isso no mínimo três vezes ao dia, tanta coisa que não vai pra frente agora, mas antes passava voando e hoje eu me pego no presente. Por que isso? O presente não voa logo, pra que eu tenha recordações de hoje? Eu me pergunto a onde foi parar o “eu te amo” de verdade, aquele que não sai só da boca, e sim do coração, corpo e alma, por que ouvir falsidade casa, mentiras cansam e você nunca sabe de verdade quando algo é sincero. Por isso eu sempre me pergunto: “Cadê o amor? Onde está?”