09 agosto, 2011

Eu e mais alguém.

Aglutinar os nossos corpos,
Até as curvas se cansarem,
Ver o suor em cada dobra, divino.
Dançar com sua língua sem música alguma,
E se perder no mudo refrão de um bolero.
Refrão sem letra, inútil, sem sentido.
Seus dizeres de prazer já me satisfazem.
Aglutinar nossas almas, nossos corações.
Rir na cara do perigo quando tudo terminar.
Se é que algo um dia começou.
Voltar pra casa e ter alguém a esperar
Aglutinar nossos corpos,
Até o ultimo e maior suspiro de prazer.
Pra depois em meus sonhos você me esfalecer,
Aglutinando nossos corpos.

08 agosto, 2011

Carta para alguém.


Eu sempre volto sem saber pra onde ir.
A chegada nunca é boa, sem muitas recepções, ninguém.
Mas, estou aqui esperando por você.
Será que você, onde quer que esteja se pergunta o mesmo ?
Não tem sido fácil viver assim, sem sentir nada, preciso de você.
Um abraço é pedir muito? Eu não entendo.
Você virá um dia pra tomar sorvete comigo?
Vai me sujar e depois dizer o quanto me ama?
Podemos até andar sob a mesma lua, mas, em atmosferas diferentes.
E eu ainda continuo esperando, e esperando.
Eu o desespero de sentir algo e ter alguém, meus pensamentos que já não vão bem,
E o estalo do cigarro queimando devagar.
Não posso mais chorar, pois como disse não sinto nada.
A não ser a angústia que é esperar por você.
Alguém anônimo que talvez nem exista.
Não sei se aguento muito tempo.

Com amor, para alguém esperado.

Evandro Ramos de Sant' Anna Junior.