06 julho, 2011

Sai de mim saudosismo.

Eu andava pela rua e soltava a fumaça.
Queria que você me pedisse um trago, e não me tragasse.
Eu tinha tantos cigarros e você tinha parado.
Veio com a filosofia de que eu também devia parar, não consegui.
Eu andava na chuva, e as gotas desenhavam meu rosto pelo chão.
As poças tinham o gosto de minhas lágrimas, eu provei, era amargo.
Eu andava contra o vento pra ver se jogava tudo pra trás, nada feito.
Agora eu ando no presente gritando pelo passado e torcendo por um futuro.
Ainda trago, trago à você meu ultimo trago, e peço que me trague.
Me trague boas novas, dizendo que em dias como esse tudo vai dar certo.
Hoje eu olhei o crepúsculo e o vermelho no céu tinha o desenho do seu sorriso.
Era grande, muito grande e de fato o mais lindo que vi.
Em dias como esse eu não paro de tragar, nem por um segundo.
O cheiro que o tabaco tem me lembra 17/07/2010. Passei mal aquele dia.
E tendo feito todas essas coisas no passado, andar na chuva e contra o vento não me fez feliz, por que, infelizmente eu vivo em dias como hoje. Saudosismo total.

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