08 outubro, 2010

Cinco dias sem te ouvir

A vida sorriu pra mim durante os últimos dias, eu soube aproveitar, mas parece que tudo acabou. Não sei se é fantasia, mas o que eu criei dentro de mim já não se pode controlar, na verdade isso é incontrolável há muito tempo. Ter um sentimento assim que só te sufoca não é muito confortante, já me acostumei a sentir saudades, já me acostumei com o sofrimento, mas agora eu não sei se devo me acostumar com a ausência, se devo me acostumar com a total ausência de qualquer coisa. Não ter nada pra fazer ou pra falar é tão frustrante, não ter alguém que você realmente ama perto de ti é frustrante. O vazio é apenas uma luz apagada dentro de nós, e por mais perto que a vela e o isqueiro estejam, a mão e a alma nunca tem forças o suficiente pra agir e o escuro sempre toma conta, e eu tenho medo do escuro. O tempo que perco escrevendo esses conflitos de egos que ocorrem comigo mesmo não volta, mas eu não ligo, gosto de escrever. As melhores coisas são tão simples e tudo anda tão complicado, bem, pelo menos nesses últimos dias. Tenho medo de pedir algo e não receber, não tenho medo do não e sim do motivo que culminará no mesmo. Já não sei onde encontrar forças pra continuar, o pior é que nem o Google pode ser usado nesse caso. Troquei o certo pelo duvidoso, já o fiz e não me arrependo, que se foda toda essa coisa certa, me fizeram pensar tanto no futuro que o presente ficou morto. Por que a droga do seu telefone só anda ocupado? Preciso de um “oi”. A vida podia sorrir pra mim de novo, eu gosto disso.

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