14 janeiro, 2011

Entre o R e o C Part II

Não existe distância maior que a minha mão da sua, não existe dor maior do que essa que sinto agora. Eu tenho que cortar o laço, mas não consigo, tenho medo. Muito medo.
O garoto que tinha treze anos cresceu, virou um homem e precisa de alguém, de uma mão, de um abraço e de um sorriso, precisa de pequenas coisas, o demônio que domestiquei no corpo de um anjo quer amor, mas seu dono o abandonou, e agora ele sente o peso de uma queda livre num vácuo de sentimentos. Não existe dor maior que esperar o telefone tocar ou agir como uma criança do ensino fundamental esperando um recado numa rede social, não existe dor maior que a distância que há entre nossos corações, o meu calejado e aleijado, já nem sabe pulsar. Queria parar de me procurar dentro de você, por que quanto mais o faço, mais me decepciono, será essa a lei da carne? Se for, estou sendo a gazela que se apaixona pela leoa. A razão me diz o que fazer só que é tão difícil, enquanto isso eu ouço milonga e espero você vir falar comigo, por que eu não canso de tentar. Infelizmente.

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