19 setembro, 2010

No choro de um blues.

Vem, corre e se esconde de mim.
Brinca de amor e me deixa feliz.
Acende um cigarro e me nega um trago.
Ah como me perco.
Me perco no coração de outro alguém
Mas nem sei se estou lá.
Me perco em mim toda vez que me encontro em ti.
E me perco de novo, Por não te ver aqui.
Vem, corre se esconde e me nega um trago.
Eu vi você descendo o que ainda não subiu,
Pulou o degrau. Fingiu sentir o que eu nem fiz.
Sorriu torto e pediu mais uma dose.
Outra dose de amor, com um pouco de luxuria.
Pra lhe dar algum prazer.
Eu vi você deitar na calçada.
Calçada essa molhada pelo blues,
Eu vi o teu semblante, Puro teatro.
Ah como eu me perco no coração de outro alguém.
Finjo estar bem ao som de um blues.
De um blues que eu compus.
Um blues que você ouve quando eu canto.
Diz que gosta. Puro teatro.
Vem, corre se esconde e me nega um trago.
E é por isso que eu choro ao som do blues.
É tudo culpa dele.

- Quando você vai voltar ?
- Não sei.
- Quer voltar ?
- Não.
- Corre e me nega um trago, mas agora corre pra longe de mim.

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