29 agosto, 2010

Curva da Jurema

À noite, um som
As bocas seguem o ritimo da música
E as mãos, perdidas nos corpos
Tentam se encontrar.

Um gemido no ouvido, algo inesperado.
A onde voce quer chegar?
Com uma resposta nao muito digna ele se contenta
Pra ele, o que tiver já basta.

O pouco que tiver com o muito que vem dele já o felicita
Ele se perde no caminho de volta,
A deixou pra tras não muito bem, nas mãos de outro alguem.
Será que ela vai lembrar?

Lembrar da resposta que o deu,
Que só o faz perder a noite pensando, se realmente vale à pena.
Se vale a pena voltar, ir aonde está o outro alguém e faze-la me amar.

Mas pra que voltar?
Se o mundo é de uns poucos, que vivem de mentiras sinceras.
E se alimentam das migalhas mordidas.
Ouvindo um “Eu preciso dizer que te amo”
Sob a luz que vinha, da Curva da Jurema.

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